Passar por um processo de câncer de mama mexe não só fisicamente com uma mulher. O emocional fica abalado e conturbado durante o período. Quando o câncer atinge um nível onde é necessário passar por um procedimento mais invasivo, existe a possibilidade de que as mulheres tenham a sua autoestima mais fragilizada.
Procedimentos de reconstrução mamária são chaves para apoiar na recuperação emocional daquelas que precisaram passar por uma mastectomia, por exemplo. Eles são considerados, inclusive, parte do tratamento do câncer.
A importância desse processo é tão imensa durante o tratamento de um paciente com câncer que a Lei n.º 9.656/98, posteriormente alterada para Lei n.º 10.223/01, informa a obrigatoriedade de cobertura para cirurgias reconstrutivas de mama imposta aos planos de saúde particulares.
Conheça a seguir alguns tipos de procedimentos e o efeito que causam na autoestima da mulher. Lembre-se: quando uma mulher passa por um câncer de mama, sentir-se bem com ela mesma é o mais importante para qualquer recuperação!
Quais são as opções para reconstrução mamária?
A medicina evoluiu, e segue evoluindo, buscando formas menos invasivas e complexas para resolver os problemas de saúde. As técnicas relacionadas à reconstrução mamária se modernizaram e, gradualmente, derrubam os estigmas criados sobre a doença.
Quando existe a necessidade da realização de uma mastectomia, procedimento que remove cirurgicamente toda a glândula mamária, o impacto causado a nível psicológico e estético mexem com a autoestima de uma mulher.
Por que isso acontece? Em nossa sociedade, desde os primórdios, o seio representa a feminilidade de uma mulher, estando ligados também à sexualidade e à maternidade.
De acordo com a psicóloga Márcia Regina Costa, “o que percebemos, em inúmeras pacientes, é que a reconstrução não vai substituir a mama original, em termos de sensações e de percepção da própria mama. Porque, mesmo com a reconstrução imediata, não é a mama do mesmo jeito. É preciso tempo para que a mulher se habitue. E embora o corpo dela não esteja sem a mama – e, de acordo com a técnica usada, tenha algum volume –, não é a mesma coisa. Ela vai olhar e não vai ver a mesma coisa. Ainda assim, para a mulher que pode fazer a reconstrução imediata, isso é muito significativo, até porque ela se constitui pelo olhar do outro”.
Analisar calmamente as opções, conversar com especialistas e até mesmo com outras mulheres que passaram pelo mesmo momento, são maneiras de tomar uma decisão sobre a realização do procedimento.
Existem técnicas, atualmente, que são sofisticadas para a recomposição do volume e contorno da mama removida. Abaixo você encontrará a explicação para algumas delas:
Implantes mamários e expansores
Essa técnica é realizada através de procedimentos cirúrgicos mais rápidos e menos complexos. Trata-se da colocação de gel de silicone ou solução de soro fisiológico com o volume que melhor reproduz a forma original da mama retirada na mastectomia.
Implantes mamários com retalhos autólogos
Já nessa alternativa, tecidos de outras partes do corpo da paciente são as bases para recomposição do volume da mama. Essas são cirurgias mais longas e com maior taxa de complicação. Um dos motivos é o fato de que ela envolve dois sítios cirúrgicos: a região da mama mastectomizada e a do local de onde será retirado o tecido; as partes mais comuns para remoção de tecido são o músculo grande dorsal e o músculo reto abdominal.
Converse com seu mastologista!
A percepção do impacto causado por uma cirurgia de remoção pode ser melhorada quando a paciente opta por realizar a reconstrução imediata, quando possível, logo após a realização da mastectomia.
Nos últimos 5 anos, um estudo divulgado pela Revista Brasileira de Cirurgia Plástica relatou que apenas 20,52% das pacientes realizam a cirurgia imediatamente. Analise com seu mastologista as possibilidades de reconstrução e fale sobre como está se sentindo. A sua autoestima importa muito durante todo o processo!
A equipe do Dr. Rodrigo Barata realiza toda prevenção e tratamento das doenças mamárias com realização de exames, punções aspirativas, biópsias diagnósticas, cirurgias benignas, cirurgias oncológicas (de tratamento do câncer), cirurgias reparadoras e reconstruções mamárias com as técnicas mais seguras e avançadas disponíveis.